O Que é a Dieta Sem Glúten?

A dieta sem glúten consiste na eliminação de alimentos que contenham trigo, centeio, cevada e aveia contaminada, principais fontes da proteína glúten. Tradicionalmente indicada para pessoas com doença celíaca, essa abordagem alimentar tem sido cada vez mais adotada por pessoas que buscam melhor qualidade de vida e saúde intestinal.

De acordo com a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), cerca de 47% das pessoas que consomem produtos sem glúten no Brasil não têm diagnóstico de doença celíaca, mas relatam benefícios físicos e digestivos ao evitarem o glúten.

7 Benefícios da Dieta Sem Glúten Mesmo Para Não Celíacos

1. Melhora da Saúde Digestiva

A exclusão do glúten pode aliviar inchaço, gases e desconforto abdominal, mesmo em pessoas sem doença celíaca. Um estudo publicado no American Journal of Gastroenterology mostrou que indivíduos com sensibilidade não celíaca ao glúten relataram melhora significativa nos sintomas após a exclusão da proteína da dieta.

Destaque: Pessoas relatam melhora já nas primeiras duas semanas de dieta glúten-free.

2. Redução de Processos Inflamatórios

O glúten pode aumentar a permeabilidade intestinal, gerando inflamações silenciosas. Mesmo quem não tem celíaca pode apresentar inflamação de baixo grau, o que está associado a problemas como fadiga, dores articulares e ganho de peso.

Fonte confiável: Segundo a Universidade de Harvard, dietas anti-inflamatórias — incluindo a remoção do glúten — podem reduzir marcadores inflamatórios no sangue.

3. Mais Energia e Menos Fadiga

Um dos relatos mais frequentes entre os adeptos da dieta sem glúten é o aumento da disposição. Isso se deve à melhora da absorção de nutrientes e à redução de processos inflamatórios, que costumam drenar energia do corpo.

Depoimento clínico: A nutricionista funcional Dra. Larissa Rios, em entrevista à Revista Vida Natural, afirma que muitos pacientes referem melhora da energia e clareza mental após a retirada do glúten.

4. Contribuição Para o Emagrecimento Saudável

Ao adotar uma dieta sem glúten, as pessoas tendem a eliminar alimentos ultraprocessados e refinados, que são fontes frequentes de glúten e ricas em açúcar e gordura trans.

Importante: A perda de peso acontece mais por causa da reeducação alimentar do que por um efeito direto do glúten.

5. Melhora da Saúde da Pele

Problemas dermatológicos como acne, dermatite e psoríase têm sido associados à saúde intestinal. Ao remover o glúten, muitas pessoas observam melhora na aparência da pele, devido à menor inflamação e melhor absorção de nutrientes.

Estudo publicado na Clinical Dermatology Journal destacou a ligação entre glúten e dermatites em indivíduos sensíveis, mesmo sem diagnóstico celíaco.

6. Melhora do Humor e da Saúde Mental

O eixo intestino-cérebro vem sendo amplamente estudado, e o glúten tem papel importante nessa comunicação. Algumas pessoas relatam redução da ansiedade, irritabilidade e sintomas depressivos após a exclusão do glúten da dieta.

Segundo pesquisa do NIH (National Institutes of Health), a dieta sem glúten pode auxiliar na regulação do humor, principalmente em pessoas com sensibilidade ao glúten.

7. Apoio ao Controle de Doenças Autoimunes

Mesmo em quem não tem doença celíaca, o glúten pode exacerbar respostas autoimunes, especialmente em doenças como tireoidite de Hashimoto, lúpus e artrite reumatoide. A retirada do glúten pode reduzir crises e melhorar marcadores clínicos.

Fonte: Artigo publicado no Journal of Autoimmunity demonstrou que a exclusão do glúten pode ser benéfica em doenças autoimunes, ainda que mais estudos sejam necessários.

Conclusão: Vale a Pena Fazer a Dieta Sem Glúten?

Embora a dieta sem glúten seja essencial para celíacos, pessoas sem diagnóstico também podem experimentar melhorias significativas na digestão, energia e bem-estar geral ao reduzir ou eliminar o glúten.

Porém, é importante contar com acompanhamento profissional, para evitar deficiências nutricionais e garantir uma alimentação equilibrada.

Fontes confiáveis consultadas:

• Harvard Health Publishing

• American Journal of Gastroenterology

• NIH (National Institutes of Health)

• Journal of Autoimmunity

• ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia